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Vini Jr. não perdeu, escancarou o racismo do futebol europeu

O ato de premiar é tão velho quanto a prática esportiva… Mais do que reconhecer, premiar significa destacar a excelência de um indivíduo ou um grupo de indivíduos em determinada modalidade, área ou prática sob um conjunto de regras, técnicas e normas a serem seguidas.

E embora nem sempre premiações sejam muito justas ou com critérios transparentes e bem definidos; toda premiação seja no esporte, nas artes ou no ramo do entretenimento é também uma maneira de passar uma mensagem.  E o Bola de Ouro 2024 sabia exatamente a mensagem que queria passar…

Vini Jr., indiscutivelmente o melhor no campo, era o favorito ao prêmio, mas foi punido por ser combativo demais… O atleta não se calou diante de um sistema discriminatório ao qual foi repetidamente submetido. Justamente por sua postura, conseguiu as primeiras condenações da história de sua modalidade por racismo e escancarou as mazelas do futebol europeu.

Um jornalista espanhol afirmou que a derrota era lição para que o atleta aprendesse a “se comportar melhor” e que o volante Rodri (outrora punido por puxar cantos racistas em conquista da Eurocopa) era o verdadeiro vencedor na ‘Bola de Ouro dos valores’. E os valores estão explícitos.

Se hoje ele perdeu a bola de ouro, entrou para a história… Não só como um dos maiores craques em campo de todos os tempos, mas também como alguém que usou sua voz para denunciar uma estrutura racista que se recusa a reparar seus erros. E mesmo que eles continuem a tentar reescrever a história e mudar a linha de chegada, este é um caminho sem retorno.

Vini Jr. se consagra hoje como um eterno campeão.

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