A popularização da data no país ocorreu gradualmente, impulsionada por organizações do movimento negro, entidades educacionais, universidades e coletivos culturais. A partir dos anos 2000, governos estaduais e municipais também começaram a instituir o 20 de novembro como feriado local, ampliando a visibilidade das discussões sobre desigualdade racial, cultura afro-brasileira e políticas de reparação. O Dia da Consciência Negra passou, então, a ocupar o calendário oficial de diversas regiões antes de se consolidar nacionalmente.
O caminho até se tornar feriado nacional envolveu anos de debate no Congresso Nacional e mobilização de parlamentares e movimentos sociais. Somente em 2023 o feriado foi aprovado em âmbito federal, estabelecendo regras trabalhistas específicas para a data e reconhecendo oficialmente sua importância para a memória brasileira. A oficialização representou um avanço simbólico e político, reforçando que a pauta antirracista faz parte das responsabilidades institucionais do Estado brasileiro.