Moda

Estilo e Representatividade

O Estilo de Humberto Morais

Em entrevista à Lista Preta, Humberto Morais fala sobre referências, autoestima e como a moda se tornou para ele um espaço de conforto, identidade e ousadia.

3 min

Nacional

Foto: Reprodução/Internet

Em entrevista a Lista Preta, o ator Humberto Morais falou sobre seu estilo e relação com a moda. Nos últimos meses, o artista vem chamando atenção com ensaios que demonstram muita personalidade e referências diversas.
“Um dos motivos para eu ser ator e não ter desistido da carreira é a questão da representatividade.”

Humberto Morais, em entrevista ao Gshow

Humberto Morais: da estreia em Poliana Moça ao papel de Marlon em Dona de Mim

Paralelamente, Humberto constrói uma carreira sólida na televisão: estreou em ‘Poliana Moça’ em 2022, viveu o médico Ícaro na série ‘Sutura’ e atualmente está no ar em ‘Dona de Mim’, da TV Globo, no papel de Marlon, um lutador de kickboxing e policial idealista.

Foto: Reprodução/Internet

Estilo, autoestima e representatividade

Antes de mergulhar nas perguntas, Humberto Morais conta como enxerga a moda muito além da roupa: como espaço de afirmação, conforto e ousadia para um homem negro na TV. Entre referências que vão de Lázaro Ramos a ícones do streetwear global, ele revisita sua relação com a própria imagem, o impacto do rótulo de “galã” na autoestima e o processo de se reconhecer em estilos que dialogam com sua história, sua música e sua trajetória profissional.

Entrevista

Você teve alguma referência de homem negro galã na televisão?
R: Não tem como deixar de citar o Lázaro Ramos como uma referência de ator negro em papel de destaque e protagonismo. Reverencio todos outros que estiveram antes de mim justamente por fazerem essa abertura, mas Lázaro assumiu diversos papéis ao longo de sua carreia, inclusive em lugares onde os negros não eram vistos dentro de uma dramaturgia.

Ser encarado como um galã na tv impactou no seu processo de autoestima?
R: Talvez no ponto em que eu me sinta mais atraente ou desejado pelas pessoas, mas esse não é o meu foco. Eu desejo fazer personagens que retratem a realidade, e que me tirem da zona de conforto, independente deles serem galãs ou não.

Quais as suas referências masculinas de moda e estilo?
R: Pharell, Damnson Idris, Keith Powers, Lewis Hamilton, Stefon Diggs, Joey BadA$$, Dapper Dan, Olivier Rousteing, Luiz do Apt03 e personagens masculinos negros de sitcoms dos anos 90/2000

Quais peças são essenciais no seu guarda-roupa hoje?
R: Não tenho uma peça essencial, eu diria que tenho bastante peça atemporal, que são curingas dentro do guarda roupas. O mais importante na moda para mim é estar confortável, e me sentindo bem dentro do look. Não é o look que me veste, e sim eu quem o veste.

Como foi seu processo de descoberta da autoestima e qual o papel da moda nisso?
R: Poxa, isso foi uma descoberta muito positiva. Saber que eu estou encontrando minha forma de estar à vontade dialogando com signos de moda que antes eu não prestava tanta atenção.

Enquanto homem negro quando você começou a ver a moda como uma possibilidade?
R: Na verdade eu sempre tive meu estilo próprio, quando eu tocava com minha banda (ragga), eu vivia sob um estilo mais urbano que esse nicho musical requer, até talvez para me sentir mais inserido no meio. Hoje eu ainda uso muito desse estilo, associado à uma moda mais globalizada que me instiga bastante.

O que a moda representa pra você hoje?
R: Conforto, bem estar, e um pouco de ousadia, pois também tem uma parcela de mim que gosta de inovações. Estou sempre muito atento às tendências e gosto de explorar coisas que eu me sinta confortável usando.

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