Sua caminhada até a engenharia começou cedo, quando foi alfabetizada na Escola da professora Luiza Dorfmund, depois estudou para lecionar e trabalhou em escolas no interior do Paraná. Após a formatura, Enedina deu início a uma carreira pioneira. Em 1946, foi nomeada auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas e, em 1947, foi transferida para o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná, onde atuou com destaque no Plano Hidrelétrico do Estado, especialmente na obra da Usina Hidrelétrica Capivari‑Cachoeira, considerada uma de suas grandes realizações. Em uma profissão então dominada por homens e alheia a mulheres negras, ela enfrentou preconceitos, obteve respeito no canteiro de obras e exigiu reconhecimento técnico e humano de sua condição profissional. Também exerceu atividades no levantamento topográfico de canais e na construção de edificações como o Colégio Estadual do Paraná e a Casa do Estudante Universitário em Curitiba.